Em dias de ojejorno não há quem ignore que as genealogias nos tornam pessoa melhor na medida em que menos claramente nos antecipam a grandeza. Carnivaldo de Bezerros, tendo vivido e atuado em tempos menos ilustres e menos conexos, não teve como se beneficiar desse conhecimento, embora tenha angariado o mérito de se mostrar gente nobre e admirável sem ter chegado a saber se o sangue lhe endossava a virtude ou a puxava para baixo.
Foi Cravalo de Orvaglio, poeta da versejadura do iluminismo e partidário da água de cevada, o único autor do famoso De Merito Metricio, tratado em cinco livros em que está escrito que num mundo justo
Outro resultado desse novo arbítrio foi a geral catadura e revisão da genealogia de gente blasonada dos sete ventos dos antanhos.
De Carnivaldo a menos controversa é também a mais extensa e mais recente, aquela que aparece nas Crônicas e falaços de Fabrizio Forro. Não se requer maior cotejadura: a versão aberta diante do leitor não só assume a genealogia de Forro como rigoroso meridiano, como a ignora por completo. Em manobra que aprovaria sem pestanejo Carnivaldo, rendemos preferência ao tradicional em detrimento do comprovado, ao pitoresco em detrimento do que é mesquinhamente acurado. Não deixou de apontar Regente Boffé